Maioria da bancada de MT apoia regime de urgência da anistia
- TOP Juscimeira
- 18 de set.
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Sete dos oito deputados federais de Mato Grosso votaram a favor do pedido que acelera a análise do projeto; apenas Emanuelzinho foi contrário

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17) o requerimento de urgência para acelerar a tramitação do Projeto de Lei 2162/23, que trata da anistia a participantes de manifestações políticas ocorridas entre outubro de 2022 e a data de entrada em vigor da futura lei. A decisão teve 311 votos favoráveis, 163 contrários e 7 abstenções.
A bancada de Mato Grosso se posicionou majoritariamente a favor. Dos oito parlamentares, sete votaram pela urgência. Apenas Emanuelzinho (MDB) se manifestou contra. Coronel Assis (União), Coronel Fernanda (PL), Fábio Garcia (União), José Medeiros (PL), Juarez Costa (MDB) e Rodrigo Zaeli (PL) foram favoráveis.
Com a urgência aprovada, a proposta poderá ser votada diretamente no plenário, sem precisar passar pelas comissões. A data para análise do mérito ainda será definida.
O alinhamento da maioria da bancada reforça a divisão que o tema provoca no Congresso. Enquanto parlamentares da oposição e da direita defendem a anistia como forma de “pacificação do país”, setores ligados ao governo e partidos de esquerda criticam a medida, que consideram um risco de impunidade para os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023.
Durante a sessão, líderes de diferentes partidos expuseram posições opostas. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que o relator será escolhido ainda nesta quinta-feira (18) e que a intenção é construir um texto capaz de reunir apoio da maioria.
“Não se trata de apagar o passado, mas de permitir que o presente seja reconciliado e o futuro construído em bases de diálogo e respeito”, afirmou Motta.
Já parlamentares da base governista, como o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), consideraram a proposta “absurda”, por incluir nomes como o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros integrantes do governo anterior entre os possíveis beneficiados.
Por outro lado, defensores da anistia, como o líder do Novo, Marcel van Hattem (RS), alegaram que a medida é necessária para corrigir o que chamaram de injustiças e devolver o direito de convivência familiar a pessoas presas após os atos de janeiro.
O mérito do PL ainda será discutido e votado em plenário, em data a ser marcada.
Fonte: Minuto MT
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