Sérgio Ricardo: “Energisa tem grande culpa por MT não ter indústria”
- TOP Juscimeira
- 23 de set.
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Conselheiro Sérgio Ricardo critica qualidade da energia e diz que falta de trifásica impede indústrias de se instalarem

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, afirmou que parte da responsabilidade por Mato Grosso não ser mais industrializado é da concessionária Energisa. A declaração foi feita na manhã desta terça-feira, 23 de setembro, durante evento na sede da Corte de Contas, em Cuiabá.
Recentemente, a sociedade mato-grossense foi surpreendida com a informação de que a renovação da concessão da energia elétrica estaria em fase final, dependendo apenas de a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) encaminhar o processo ao Ministério de Minas e Energia (MME) para assinatura do contrato por mais 30 anos.
Atualmente, a concessão vence em dezembro de 2027. Parlamentares foram a Brasília na última semana e receberam informações sobre o processo de renovação. Eles pediram mais prazo para que a questão seja discutida com a sociedade mato-grossense, diante das inúmeras reclamações de consumidores.
“Em Cuiabá, no Distrito Industrial, a energia elétrica é de péssima qualidade. Pouquíssimos municípios têm energia trifásica. Não tem como uma indústria se instalar se não houver energia trifásica. Não há desenvolvimento sem industrialização, que é o que gera emprego. A Energisa tem grande culpa no fato de Mato Grosso ser um estado sem indústria”, disse Sérgio Ricardo.
O conselheiro acrescentou que a companhia descumpre cláusulas que determinam investimentos em melhorias dos serviços. Para ele, a incapacidade de expansão energética favorece a concentração de riqueza e a “distribuição de pobreza”. “A pobreza de Mato Grosso está se transformando em miséria. Só em Cuiabá e Várzea Grande, nós temos 80 favelas”, completou.
Após a ida dos parlamentares a Brasília, vários deputados sugeriram a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a renovação, além da participação do Tribunal de Contas no debate. O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) chegou a levantar suspeitas de corrupção no processo, em razão da rapidez e da antecipação da tramitação.
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Fonte: Estadão MT

























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