Padilha é inocentado e Justiça condena TV, vereador e repórter por distorção da informação
- TOP Juscimeira
- há 6 horas
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Ezequiel Padilha teve sua imagem vinculada injustamente a crime bárbaro e agora aguarda retratação pública após condenação definitiva.

A Justiça de Mato Grosso condenou a TV Cidade Verde S/A, o repórter Newton Giovanni Teixeira Gomes e o vereador de Várzea Grande, Caio Cézar Cordeiro de Almeida, por danos morais e exposição indevida do empresário Ezequiel Padilha, que teve sua imagem publicamente associada a um crime que jamais cometeu.
A sentença, proferida pelo Juizado Especial Cível de Várzea Grande, foi transitada em julgado no fim de abril de 2025, e determina a indenização financeira, a retirada imediata do conteúdo veiculado e a realização de retratação pública, cujos termos devem ser acordados diretamente com a defesa do empresário, representada pela advogada Michelle Marie.
As reportagens, exibidas por mais de 20 minutos em rede aberta e replicadas nas redes sociais da emissora e dos comunicadores, mostravam Padilha como suposto autor de um latrocínio, mesmo após a revogação da prisão e o arquivamento do processo por falta de provas.
Segundo a sentença, houve sensacionalismo, violação da honra e da presunção de inocência, ultrapassando o dever de informar com isenção. Mesmo diante de notificações extrajudiciais e esclarecimentos da defesa, os réus negaram-se a retirar o conteúdo ou fazer qualquer retratação, prolongando o constrangimento.
Padilha disse ter sido “linchado ao vivo” e afirmou:
“Transformaram uma acusação infundada em espetáculo de audiência. Não mediram consequências. Eu fui linchado ao vivo. Mesmo depois de inocentado pela Justiça, mantiveram meu nome e minha imagem como se eu fosse culpado. Isso destruiu parte da minha vida pessoal e profissional. A Justiça foi feita, mas o estrago já estava feito. Mesmo assim, o valor da indenização será doado. Minha paz e dignidade valem muito mais que dinheiro.”

A advogada Michelle Marie também comentou:
“Essa decisão é um marco contra a violência midiática. A imprensa tem um papel fundamental, mas deve respeitar o direito à imagem e à dignidade humana. Responsabilidade é o que diferencia jornalismo de espetáculo.”
Enquanto outros veículos que noticiaram o caso com equilíbrio e responsabilidade não foram acionados judicialmente, a defesa alerta que qualquer novo conteúdo de caráter difamatório poderá motivar novas ações.
Agora, com a condenação definitiva, Padilha aguarda a efetiva retratação pública da emissora e dos comunicadores envolvidos, reafirmando sua confiança na Justiça e na recuperação do respeito à sua imagem.
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